Este pequeno filme usa a elipse - a passagem do tempo - para colocar a questão da exclusão social do lado de quem exclui. Pois se excluídos existem, tem de haver quem exclua. E esses, somos nós. Com gestos simples (como também é um corte cinematográfico) mas profundos, pois limpam da nossa vista, do nosso tempo, da nossa vida aqueles que de alguma forma a colocam em causa. É em nome da serenidade visual que muitas vezes apagamos quem está mesmo à nossa frente.